Nos últimos meses, a Alemanha registou uma série de greves significativas no sector dos transportes públicos, especialmente nos transportes aéreos e ferroviários. Estas greves conduziram a perturbações generalizadas e ao caos para os viajantes em todo o país. As greves evidenciam os actuais conflitos laborais no sector dos transportes, incluindo preocupações com salários, condições de trabalho e segurança no emprego. Nos próximos meses, os sindicatos e as entidades patronais terão de encetar conversações construtivas para resolver estas queixas subjacentes e restabelecer a estabilidade das redes de transportes fundamentais da Alemanha.
Greves no sector da aviação
No sector da aviação, as greves foram lideradas pelo pessoal da transportadora nacional Lufthansa em todos os aeroportos. Os trabalhadores filiados no sindicato Verdi realizaram várias greves só em 2024, exigindo um aumento salarial de 12,5% ou, pelo menos, mais 500 euros por mês. A última greve, realizada a 6, 7 e 8 de março, causou grandes perturbações em toda a Alemanha. Mais de 1 000 voos foram cancelados por dia, afectando mais de 200 000 passageiros. Nos últimos meses, registou-se uma onda semelhante de cancelamentos e atrasos em dias de greve em aeroportos como Frankfurt, Munique e Berlim. Os serviços de assistência em terra, as operações de controlo do tráfego aéreo e o pessoal das companhias aéreas foram todos afectados. A Lufthansa advertiu que os meses de greve conduzirão a um prejuízo operacional superior ao previsto nos primeiros três meses de 2024.
Ao longo do último ano, o pessoal de vários aeroportos também realizou acções de greve, provocando grandes perturbações. A última greve teve lugar em 7 de março, quando o pessoal de segurança filiado no sindicato Verdi realizou uma greve de um dia inteiro nos aeroportos de Frankfurt e Hamburgo para exigir salários mais elevados. Foram afectadas a área da segurança da aviação, o controlo dos passageiros, o controlo do pessoal e das mercadorias e as áreas de serviço. O aeroporto de Hamburgo cancelou todas as 141 partidas previstas para 7 de março. As chegadas ainda eram possíveis. O aeroporto de Frankfurt também cancelou todos os voos de passageiros que partiam e apenas transportou os que já estavam em trânsito. Também foram registadas perturbações nos outros aeroportos. Outras greves semelhantes tiveram consequências semelhantes no passado.
Greves no sector ferroviário
No sector ferroviário, as greves foram lideradas pelo operador ferroviário estatal Deutsche Bahn. Os trabalhadores filiados no sindicato dos maquinistas alemães (GDL) exigem uma redução da semana de trabalho de 38 para 35 horas, sem redução de salário. Durante a última greve, que decorreu entre 6, 7 e 8 de março, a Deutsche Bahn operou com um horário de emergência e ofereceu um serviço básico nos comboios de longa distância e regionais. A greve afectou igualmente os operadores ferroviários regionais Transdev, AKN Eisenbahn e City-Bahn Chemnitz. Nos últimos meses, os horários dos comboios sofreram perturbações e muitos serviços foram cancelados, deixando os trabalhadores e os viajantes retidos ou à procura de opções de transporte alternativas.
Impacto
É provável que as recentes greves tenham repercussões económicas, incluindo perdas financeiras para as companhias aéreas, empresas ferroviárias e aeroportos, bem como potenciais efeitos a longo prazo na reputação do sector alemão das viagens. As greves afectaram tanto as viagens domésticas como as internacionais, tendo os principais aeroportos e redes ferroviárias sofrido cancelamentos e atrasos substanciais. À medida que as negociações entre sindicatos e empregadores prosseguem, intensifica-se a urgência de uma resolução rápida. Todas as partes têm de chegar a uma solução aceitável, dando prioridade a um impacto mínimo nos viajantes e na economia.
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